Ativos substitutos do formol

Para reduzir os efeitos do uso do formol, a indústria cosmética sentiu a necessidade de pesquisar novas moléculas com efeito similar ao formol, mas sem os efeitos negativos e agressivos à saúde.
Foi a partir desse processo de busca que surgiram os ativos: cisteína, a carbocisteína, o ácido glioxílico, a oxoacetamida de carbocisteína e oxoacetamida de aminoácidos da queratina (INCI: Glyoxyloyl Carbocysteine , Glyoxyloyl Keratin Amino Acids), como uma alternativa de substituição ao formol.
Esses ativos são depositados em todas as camadas de cutículas, gerando novos e mais fortes ligamentos entre o córtex e as lâminas cuticulares, alinhando-as novamente e deixando os cabelos mais macios e fáceis de modelar.
Como a ação não chega ao córtex, não há rompimento das pontes de enxofre. Portanto, não há modificação na estrutura capilar. O processo é temporário e o tratamento progressivo com as aplicações e o cabelo se torna mais saudável, com brilho e com maior redução de volume.
Em geral, o processo de aplicação da escova progressiva, consiste na pré-lavagem com xampu de limpeza profunda, na aplicação da emulsão redutora de volume e na secagem dos cabelos, com o auxílio de um secador, associado ao uso da chapinha, com temperatura de 200ºC a 230ºC, permitindo assim a modelagem do cabelo de forma lisa e homogênea.

Ácido Glioxílico

O ácido glioxílico é um ingrediente utilizado em produtos cosméticos com a função de ajuste de pH e tamponante. A utilização de ácido glioxílico, com a função de alisante capilar, não é permitida em produtos cosméticos (ANVISA 2014).
Segundo dados da literatura, o ácido glioxílico submetido a altas temperaturas libera formol e isso implica risco à saúde do consumidor e do profissional do salão de beleza.
Assim, produtos para procedimentos de alisamento capilar tais como “realinhamento capilar, defrizante, botox capilar, reestruturação capilar, blindagem capilar, escova progressiva” e outros cujo modo de uso esteja associado ao uso de chapinha estão todos irregulares no mercado.
A agência informa que ainda está avaliando o uso desta substância em preparações cosméticas, para elaborar posteriormente regulamentação específica.
Pesquisas demonstram que, o teor de ácido glioxílico contido nos produtos cosméticos é consumido durante o processo reacional de alisamento dos cabelos, podendo permanecer um residual após o enxágue que se decompõe durante a etapa de aquecimento (chapinha), gerando traços de formaldeído que não possuem impactos toxicológicos significativos.