Que tipos de relaxamento são compatíveis?

Apenas aqueles que apresentam o mesmo princípio ativo, que promove o alisamento, na fórmula. Os diferentes tipos de alisantes ou relaxantes não devem ser misturados.
Em geral, os alisantes à base de hidróxidos são incompatíveis com aqueles à base de tióis, porque usam princípios e mecanismos químicos totalmente diferentes. O mecanismo de ação dos hidróxidos é a reação de lantionização, já o do tioglicolato é a reação de oxirredução.

Portanto:
– Hidróxidos são compatíveis apenas com hidróxidos;
– Tioglicolatos são compatíveis apenas com tioglicolatos;
– Hidróxidos não são compatíveis com tioglicolatos e vice-versa;
– Cabelos com henê não podem utilizar alisantes de hidróxidos e tioglicolatos.

Danos
Os alisamentos estão entre os processos mais agressivos ao cabelo, devido ao rompimento das pontes dissulfeto provocado pelo agente alisante. Esses danos estão relacionados a parte interna e externa do fio, uma vez que os alisantes precisam penetrar no córtex para que a ação ocorra. Os principais danos são: quebra, perda de maciez, movimento, brilho, diminuição da elasticidade e da força, devido ao aumento da porosidade do fio e os danos causados a cutícula.

A importância da Anamnese
A aplicação da técnica de anamnese é uma ferramenta importante que minimiza consideravelmente os riscos de quebra e danos durante os procedimentos de alisamento ou relaxamento, tanto do fio quanto do couro cabeludo. Assim, podemos destacar os testes de: espessura, porosidade, densidade, elasticidade, o teste de mecha e o histórico de processos químicos realizados.
O teste de mecha irá indicar quais são efetivamente os níveis de tolerância e resistência do cabelo testado, diminuindo assim as reais chances de quebra dos fios.
Essa avaliação por parte do profissional cabeleireiro é fundamental para garantir o resultado satisfatório do procedimento.
Os fios quimicamente tratados podem e devem passar por tratamentos de reestruturação capilar, além de seguir uma rotina de cuidados diários para evitar maior acúmulo de danos à fibra.

Aqueles que têm problemas de queda de cabelo devem consultar um médico especialista para obter um diagnóstico, e também deve-se evitar qualquer processo químico, pois isso aumenta a fragilidade capilar. Para manter o cabelo liso, aplique um creme protetor térmico com efeito liso, faça uma boa escova e use reparador nas pontas.

Se estiver realizando o procedimento de alisamento pela primeira vez, o produto deverá ser aplicado da raiz até as pontas, deixando sempre um pequeno espaço(em torno de 0,5cm) entre o couro cabeludo e o início da aplicação do produto nas mechas, para evitar uma reação alérgica. No entanto, caso o procedimento seja um “retoque de raiz”, antes mesmo de começar a aplicar o produto, fazer a proteção da região da junção do cabelo natural e do cabelo previamente alisado(“emenda”), pois a reaplicação pode gerar uma sobrecarga química e causar a quebra e/ou corte químico imediato.

Corte químico
É a quebra ou corte de cabelo, geralmente na divisa entre os fios virgens e os quimicamente tratados, causado pela realização de tratamentos químicos com produtos capilares, quando seu modo de uso não é respeitado, ou quando não são realizados por um profissional. Os tratamentos químicos são os processos de alisamento, permanente e descoloração, que modificam a estrutura interna do cabelo, quebrando as pontes dissulfeto e enfraquecendo-as.